Já é bem-sabido que a prática do parkour com responsabilidade tem o potencial de nos fazer desenvolver força, flexibilidade, resistência, etc. Mas para além do que as pessoas enxergam, o desenvolvimento como indivíduo é igualmente completo, pois inserido na prática trabalhamos com valores como respeito ao próximo, à vida humana, ao ambiente, o altruísmo, honestidade e estilo de vida saudável. Nós vemos e aprendemos esses valores e conceitos na nossa vida cotidiana, mas ao utilizarmos o parkour como um receptáculo desses valores e como meio de praticar tudo isso, percebemos que o caminho se torna mais “palpável” pois é um processo mais divertido, prazeroso e com um poder de transformação único.

Ao exercitarmos o respeito (a todos os itens citados anteriormente), a tendência é sermos respeitados de volta e isso é importante para nós como cidadãos. E no processo contínuo de cultivar um estilo de vida saudável, com alimentação e hábitos saudáveis, percebemos uma nítida transformação na nossa autoimagem, nas nossas relações interpessoais, no nosso desempenho físico no parkour, e ainda, na comunidade onde estamos inseridos.

Há certos lemas que são levados à frente na prática do parkour que nos guiam desde o começo do primeiro treino: “Ser e durar” e “ser forte para ser útil”. Ser forte, resiliente, flexível, humilde, responsável, respeitoso não serve apenas para os momentos de prática de parkour, mas para o caráter do ser humano, para o desenvolvimento pessoal deste. Ser útil com essas forças vem junto do incentivo à cidadania, ao altruísmo. Ajudar ao próximo porque você se torna capaz, porque é uma outra alma humana.

Como estamos constantemente resolvendo problemas (tentando descobrir novos caminhos, novas formas de se movimentar por aquele terreno ou ainda, como executar as técnicas tendo algum tipo de impedimento), aprimoramos a nossa capacidade de raciocínio e de tomada de decisões, o que é muito valioso, por exemplo, para administrar as relações interpessoais e de trabalho, além de desenvolver uma relação mais amigável com seu próprio psicológico, pois com essa habilidade você se torna menos ansioso, mais confiante em si mesmo e fica com menos peso na consciência ao saber que, com todo esse treinamento, suas decisões estão mais favoráveis para a solução desses problemas cotidianos.

Quer dizer que o fato de conseguir escalar um muro de 3m vai me ajudar a resolver um problema igualmente grande? Não. É o processo de resiliência utilizado para conseguir escalar esse muro, de amadurecimento do seu intelecto frente ao desafio. Não é por ser capaz de interligar 10 movimentos em sequência, e sim por ser capaz de tomar o controle sobre seu estado mental, de reagir corretamente ao que é oferecido à sua frente. Também não é por ter força para realizar um breaking jump, e sim por ser capaz de lidar com o medo que ele traz, de utilizar os conhecimentos corporais e psicológicos com sabedoria para resolver esse problema.

A transformação que o parkour traz à nossa vida está latente, basta que cada um de nós desperte para esse lado, e isso é algo que se consegue principalmente quando você realmente analisa o que você está fazendo, o propósito daquilo, os significados. Na prática vemos isso acontecer quando treinamos a mente em conjunto com o corpo, pois tendemos a sempre nos manter num processo constante de ressignificação, de progressão e reflexão no sentido de se reinventar.

Donde el Parkour tiene Vez

   Ya es bien sabido que la práctica del parkour con responsabilidad tiene el potencial de hacernos desarrollar fuerza, flexibilidad, resistencia, etc. Pero, además de lo que la gente ve, el desarrollo como individuo es igualmente completo, pues insertado en la práctica trabajamos con valores como el respeto al prójimo, a la vida humana, al ambiente, altruismo, honestidad y estilo de vida saludable. Nosotros vemos y aprendemos esos valores y conceptos en nuestra vida cotidiana, pero al utilizar el parkour como un receptáculo de esos valores y como medio de practicar todo esto, percibimos que el camino se vuelve más "palpable" pues es un proceso más divertido, placentero y placentero con un poder de transformación único.

   Al ejercitar el respeto (a todos los elementos citados anteriormente), la tendencia es ser respetados de vuelta y eso es importante para nosotros como ciudadanos. Y en el proceso continuo de cultivar un estilo de vida saludable, con alimentación y hábitos saludables, percibimos una nítida transformación en nuestra autoimagen, en nuestras relaciones interpersonales, en nuestro desempeño físico en el parkour, y aún en la comunidad donde estamos insertos.

   Hay ciertos lemas que se llevan adelante en la práctica del parkour que nos guían desde el comienzo del primer entrenamiento: "Ser y durar" y "ser fuerte para ser útil". Ser fuerte, resiliente, flexible, humilde, responsable, respetuoso no sirve sólo para los momentos de práctica de parkour, sino para el carácter del ser humano, para el desarrollo personal de éste. Ser útil con esas fuerzas viene junto al incentivo a la ciudadanía, al altruismo. Ayudar al prójimo porque usted se vuelve capaz, porque es otro alma humana.

   Como estamos constantemente resolviendo problemas (tratando de descubrir nuevos caminos, nuevas formas de moverse por ese terreno o aún, cómo ejecutar las técnicas teniendo algún tipo de impedimento), perfeccionamos nuestra capacidad de raciocinio y de toma de decisiones, lo que es muy valioso , por ejemplo, para administrar las relaciones interpersonales y de trabajo, además de desarrollar una relación más amigable con su propio psicológico, pues con esa habilidad usted se vuelve menos ansioso, más confiado en sí mismo y se queda con menos peso en la conciencia al saber que , con todo ese entrenamiento, sus decisiones están más favorables para la solución de esos problemas cotidianos.

   ¿Quiere decir que el hecho de conseguir escalar un muro de 3m me ayudará a resolver un problema igualmente grande? No, es el proceso de resiliencia utilizado para conseguir escalar ese muro, de maduración de su intelecto frente al desafío. No es por ser capaz de interconectar 10 movimientos en secuencia, sino por ser capaz de tomar el control sobre su estado mental, de reaccionar correctamente a lo que se ofrece frente a él. También no es por tener fuerza para realizar un cambio de marcha, sino por ser capaz de lidiar con el miedo que trae, de utilizar los conocimientos corporales y psicológicos con sabiduría para resolver este problema.

   La transformación que el parkour trae a nuestra vida está latente, basta que cada uno de nosotros despierte para ese lado, y eso es algo que se logra principalmente cuando usted realmente analiza lo que usted está haciendo, el propósito de eso, los significados. En la práctica vemos que esto sucede cuando entrenamos la mente en conjunto con el cuerpo, pues tendemos a siempre mantenerse en un proceso constante de resignificación, de progresión y reflexión en el sentido de reinventarse.

Where Parkour Takes Place

It is well known that the practice of parkour with responsibility has the potential to make us develop strength, flexibility, endurance, etc. But beyond what people see, development as an individual is also complete, because in this practice we work with values such as respect for others, for the human life, the environment, altruism, honesty and a healthy lifestyle. We see and learn about these values and concepts in our daily lives, but when we use parkour as a receptacle of these values and as a means of practicing all of these, we realize that the path becomes more "tangible" as it is a more fun, enjoyable and with a unique transformation power.

As we exercise respect (to all of the above), we tend to be respected back and that is important to us as citizens. And in the continuous process of cultivating a healthy lifestyle with healthy eating and habits, we see a clear transformation in our self-image, in our interpersonal relationships, in our physical performance in parkour, and even in the community where we are inserted.

There are certain mottos that are taken forward in the practice of parkour that guide us from the very beginning of the first training: "To be and to last" and "to be strong to be useful". Being strong, resilient, flexible, humble, responsible, respectful not only serves for the moments of parkour practice, but for the character of the human being, for his personal development. Being useful with these forces and values comes along with encouraging citizenship, altruism. To help others because you become capable, because they are another human soul.

As we are constantly solving problems (trying to find new paths, new forms of moving around that terrain, or how to execute the techniques having some kind of impediment), we improve our reasoning and decision making abilities, which is very valuable , for example, to manage interpersonal and work relationships, as well as to develop a more friendly relationship with your own psychological health, because with this ability you become less anxious, more self-confident, and you get less guilty conscience when you know, with all this training, your decisions are more favorable to the solution of these daily problems.

Does that mean that climbing a 10ft wall will help me solve an equally large problem? No. It is the process of resilience used to climb this wall, the process of maturing your intellect face to the challenge. It is not by being able to interconnect 10 movements in sequence, but by being able to take control over your mental state, to react correctly to what is offered in front of you. Nor is it because you have the strength to make a breaking jump, but to be able to deal with the fear it brings, to use the bodily and psychological knowledge wisely to solve this problem.

The transformation that parkour brings to our lives is latent, it is only a matter of each of us awakens to that side, and that’s something you get mainly when you really stop and analyze what you’re doing, what’s the meaning, the purpose of all that. In practice we see that happening when we train our mind along wiht our body, because we tend to always keep ourselves in a constant process of re-determination, progression and reflection in the sense of reinventing ourselves.